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Famílias diminuem dívidas, porém inadimplência cresce, aponta CNC

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O endividamento das famílias teve uma terceira queda consecutiva em setembro, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta quinta-feira, 3. Apesar da redução no endividamento, as dívidas em atraso aumentaram, o que tem dificultado as condições de pagamento.

De acordo com a pesquisa, o percentual de famílias endividadas em setembro de 2024 foi de 77,2%, abaixo dos resultados de agosto (78%) e do mesmo período do ano anterior (77,4%). Essa terceira queda seguida sugere uma postura mais cautelosa das famílias em relação ao crédito, conforme enfatizado pela CNC.

O estudo destacou que as famílias com maior renda e os homens foram os mais afetados. Enquanto as mulheres tiveram uma redução de 0,8 ponto percentual no nível de endividamento em relação ao mês anterior, os homens registraram uma diminuição de 0,7 ponto percentual. A CNC prevê que o endividamento das famílias poderá aumentar no último trimestre de 2024, devido às compras de fim de ano e às altas taxas de juros.

O cartão de crédito permanece como o principal meio de pagamento entre as famílias endividadas, sendo utilizado por 30% dos consumidores para adquirir alimentos, roupas e calçados. A CNC ressaltou que a utilização contínua do cartão de crédito, apesar dos altos juros, coloca as famílias em uma posição vulnerável.

Em relação à inadimplência, houve um aumento, com 29% das famílias apresentando dívidas em atraso em setembro. O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, alertou para o impacto dos altos juros no cenário financeiro das famílias brasileiras e para a dificuldade de acesso ao crédito tanto para consumidores quanto para empresas.

Apesar da redução no endividamento, o crescimento da inadimplência revela que as famílias enfrentam desafios na gestão de suas dívidas, devido aos juros elevados e à complexidade de quitar contas em atraso, conforme análise do economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

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