A Receita Federal divulgou nesta quinta-feira (19) que o governo federal registrou uma arrecadação recorde de R$ 201,6 bilhões em impostos e contribuições no mês de agosto. Esse montante é o maior já registrado na série histórica iniciada em 1994 para este mês.
O resultado excepcional foi impulsionado por diferentes medidas adotadas pelo governo, como a retomada da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, o adiamento do recolhimento de tributos devido às chuvas no Rio Grande do Sul, e a taxação de fundos exclusivos e atualização de bens e direitos no exterior.
O desempenho da arrecadação em agosto foi o segundo melhor do ano, ficando atrás apenas do valor de janeiro (R$ 280,6 bilhões). No acumulado dos primeiros oito meses de 2024, a arrecadação federal atingiu R$ 1,73 trilhão, representando um aumento significativo em comparação com o mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 1,52 trilhão.
Vários setores da economia contribuíram para esse resultado positivo, como a produção industrial, o comércio e os serviços, que registraram crescimento em suas atividades. A arrecadação foi de R$ 45,7 bilhões com o PIS/Pasep e a Cofins, e R$ 54,7 bilhões com a Receita Previdenciária, refletindo o aumento real das remunerações e da massa salarial.
Apesar dos aumentos reais na arrecadação, a Receita Federal estima que, excluindo os “pagamentos atípicos” como a tributação sobre combustíveis, o crescimento acima da inflação teria sido de 9,13% em agosto e de 7,04% no acumulado do ano. O órgão avalia que esses fatores pontuais não devem se repetir até o final do ano.
