Um esquema de uso indevido de informações sigilosas na Receita Federal foi exposto devido a um caso de “fogo amigo”, de acordo com a Justiça Federal. O incidente ocorreu na 7ª Região Fiscal da Receita, no Rio de Janeiro, envolvendo um auditor fiscal aposentado e sua esposa, também auditora aposentada, suspeitos de terem utilizado senhas privilegiadas para acessar dados sigilosos e atacar desafetos.
Durante o caso, um superintendente e um chefe da corregedoria teriam realizado investigações detalhadas sobre o servidor e utilizado as informações para enviar uma carta anônima acusando-o de enriquecimento ilícito. Apesar disso, o processo administrativo resultante foi arquivado por falta de provas contundentes.
O casal também enfrentou uma ação de improbidade, da qual foram absolvidos. O juiz responsável pelo caso reconheceu que eles foram vítimas de um grupo criminoso que se aproveitava de acessos privilegiados para iniciar processos disciplinares contra servidores desafetos. O magistrado destacou a prática constante de criação de cartas anônimas usando dados sigilosos da Receita Federal.
Esse episódio evidencia a seriedade do uso indevido de informações sigilosas por funcionários internos e ressalta a importância de medidas rigorosas para combater esse tipo de conduta criminosa.