A alta da nota do Brasil pela Moody’s na terça-feira impulsionou o Ibovespa na quarta-feira, 2 de outubro. A valorização de cerca de 3% nas cotações do petróleo no exterior devido à tensão no Oriente Médio também influenciou o mercado brasileiro. A bolsa brasileira teve um desempenho positivo, embora tenha sido limitada pela queda das bolsas em Nova York, devido à incerteza sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos.
Durante a manhã, foi divulgado um novo dado do mercado de trabalho americano, que mostrou a criação de 143 mil empregos no setor privado em setembro, acima das expectativas. Isso reforça a expectativa de um novo corte nas taxas de juros em novembro, após o último corte de 0,50 ponto percentual.
A elevação da nota de crédito do Brasil pela Moody’s, de “Ba2” para “Ba1”, foi bem recebida pelos investidores e coloca o país a apenas um degrau abaixo do grau de investimento. Essa melhora na classificação tende a atrair capital estrangeiro, juntamente com a redução dos juros nos EUA e a alta da taxa Selic.
Apesar da reação positiva dos investidores, alguns analistas fazem ressalvas em relação às condições fiscais do Brasil. A agência espera que o governo cumpra suas metas fiscais e estabilize a dívida em relação ao PIB. A decisão da Moody’s é vista como um passo significativo para a melhoria do ambiente econômico no país.
O Ibovespa teve uma alta de 1,70%, atingindo 134.753,90 pontos, com a maioria das ações em território positivo. Há expectativas em relação ao crescimento da produção industrial e ao potencial retorno do Brasil ao grau de investimento, o que tem contribuído para uma reação positiva do mercado e impulsionado o cenário econômico nacional.