A vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, informou que o uso do saque-aniversário do FGTS está impactando a adesão ao “FGTS Futuro”. Essa modalidade de financiamento, aprovada pelo Congresso em 2022 e lançada em abril de 2024, permite o uso de recursos futuros do FGTS para complementar financiamentos imobiliários dentro do programa Minha Casa Minha Vida, voltado para pessoas de baixa renda.
Segundo Magalhães, a preferência pelo saque-aniversário tem dificultado a adesão ao FGTS Futuro, uma vez que os trabalhadores que optam por esse saque perdem o direito de retirar todo o saldo em caso de demissão sem justa causa e ficam limitados a utilizar o saldo em financiamentos imobiliários.
Durante o Fórum Incorpora, organizado pela Abrainc em São Paulo, a vice-presidente também destacou que a falta de conhecimento dos mutuários sobre o funcionamento do FGTS Futuro é outro fator que contribui para a estagnação dessa operação. O propósito dessa iniciativa é aumentar o poder de compra da população de menor renda, permitindo o acesso à moradia digna.
Diante disso, a Caixa Econômica Federal está analisando as razões para a baixa adesão ao FGTS Futuro e trabalhando para conscientizar os trabalhadores sobre a importância de preservar os recursos do fundo para a habitação.
