O laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que o publicitário Yuri Henrique Gabriel Santos de Castro, de 23 anos, morreu por conta de um politraumatismo – múltiplas lesões graves no corpo em regiões diferentes. Ele foi resgatado na região da Santa Ifigênia, centro de São Paulo, na última segunda-feira (22), mas morreu no hospital.
Após ser registrado como morte suspeita no 5º Distrito Policial da Aclimação, o caso foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após relatos nas redes sociais de outros supostos desaparecimentos de jovens gays na região central da capital. A Secretaria de Segurança Pública do estado não confirma a existência de outras ocorrências.
De acordo com informações, Yuri foi visto pela última vez saindo do Hotel Chilli, uma conhecida sauna gay no centro da capital paulista.
O DHPP já solicitou as imagens do local e está identificando eventuais testemunhas que estiveram com o publicitário no dia.
A diretora-geral do DHPP, delegada Ivalda Aleixo, confirmou à CNN que foram solicitados exames complementares para entender as circunstâncias que levaram ao politraumatismo. O departamento aguarda o resultado dos exames que foram realizados no sábado (27).
Em entrevista à CNN, a irmã da vítima contou que na última vez em que ele foi visto, estava discutindo com os seguranças do hotel. “A gente começou a procurar ele, porque o Yuri não é de sumir desse jeito, e chegamos até um amigo que estava com ele [na sauna]”, afirmou.
Um amigo de Yuri, que estava com ele na sauna, disse à CNN que após uma divergência sobre os valores da comanda, ambos teriam deixado os celulares com os seguranças como garantia de pagamento e retornado ao quarto para dormir. Ao acordar, o amigo percebeu que o publicitário não estava no quarto e foi procurá-lo.
Segundo o relato, os seguranças informaram que Yuri havia chamado a polícia e deixado o local afirmando estar sendo “perseguido”. Os seguranças disseram ter ido atrás dele e o fizeram retornar à sauna, mas a vítima teria saído correndo sem roupas e celular, ficando desaparecido até ser encontrado na região da Santa Ifigênia.
O Hotel Chilli disse, em nota, que Yuri saiu das dependências do hotel às 04h25 do dia 22. “O estabelecimento e seus colaboradores não têm qualquer responsabilidade sobre os fatos ocorridos, não tendo havido qualquer agressão ou ação contundente em face do hóspede. A administração e os colaboradores prestam os sinceros sentimentos aos familiares e amigos”, diz o estabelecimento.
*Sob supervisão de André Rigue
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