O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, proferiu um discurso desafiador durante suas preces de sexta-feira na mesquita Grande Mosalla, em Teerã. No discurso, ele defendeu os recentes ataques do Hamas contra Israel e os lançamentos de mísseis de Teerã contra o Estado judeu. Khamenei instou muçulmanos de todo o mundo a se unirem na luta contra os israelenses, elogiando a ação militar que envolveu quase 200 mísseis balísticos e defendendo um ataque terrorista do Hamas ocorrido no ano passado.
Além disso, o líder iraniano destacou o apoio do Irã ao Hamas e ao Hezbollah, grupo também apoiado por Teerã. Ele criticou Israel, acusando o país de se fazer de vítima por meio de assassinatos e morte de civis, e descreveu a ação militar palestina como uma “punição mínima” pelos supostos crimes de Tel Aviv. Khamenei pediu a união das nações muçulmanas na defesa de territórios na região.
Apesar da postura desafiadora de Khamenei, analistas apontam que o Irã enfrenta uma situação delicada, especialmente após ataques de Israel ao Hezbollah, principal aliado de Teerã na região. Há especulações sobre possíveis confrontos mais intensos e ações dos EUA em relação ao programa nuclear iraniano. O Irã também enfrenta incertezas políticas, econômicas e desafios sociais, como protestos recentes.
Com a sucessão de Khamenei em aberto e sua saúde fragilizada, há preocupações sobre a possibilidade de grupos mais radicais no governo advogarem por uma guerra com consequências graves para todas as partes envolvidas.