O Ministério das Relações Exteriores espanhol negou qualquer envolvimento dos dois cidadãos espanhóis presos na Venezuela com atividades do serviço secreto ou planos para desestabilizar o regime de Nicolás Maduro, conforme comunicado divulgado pelo jornal El País. As autoridades venezuelanas detiveram, além dos espanhóis, três cidadãos dos Estados Unidos e um da República Tcheca, acusados de participação em um suposto complô contra Maduro.
De acordo com o comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Espanha, os detidos não possuem ligação com o serviço de inteligência do país e estavam na Venezuela como turistas. A Espanha rejeita qualquer insinuação de envolvimento em operações políticas na Venezuela e defende uma solução democrática e pacífica para a situação no país sul-americano.
As famílias dos espanhóis presos afirmam que os dois são residentes de Bilbao e não possuem qualquer ligação com serviços de inteligência. Segundo informações divulgadas, os familiares solicitaram ajuda nas redes sociais para localizá-los, pois teriam viajado para Caracas em agosto e perdido contato no início de setembro.
O Ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, alegou que os estrangeiros detidos estavam envolvidos em planos para assassinar Nicolás Maduro e outros funcionários do governo. Ele associou os supostos planos de ataque à Venezuela a líderes opositores do país e exigiu explicações de Madri e Washington.
As detenções ocorrem em meio a tensões diplomáticas entre a Venezuela e os governos da Espanha e dos Estados Unidos, que exigem transparência nas eleições venezuelanas após denúncias de fraude pela oposição. Os EUA impuseram sanções a funcionários venezuelanos por fraude eleitoral, enquanto a Venezuela classificou as medidas como agressão.