De acordo com informações da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do Ministério Público do Rio de Janeiro, o chefe de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, Jorge Fernandes, é acusado de pagar boletos em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, além de quitar boletos em nome do próprio Carlos de 2012 a 2019. Segundo as investigações, Fernandes teria quitado um boleto de Bolsonaro no valor de R$ 2.319,42 em abril de 2018, bem como uma multa de trânsito em nome de Michelle no valor de R$ 311,48 em abril de 2019, quando ela já ocupava o cargo de primeira-dama. Além disso, teria pago 19 boletos de Carlos entre 2012 e 2019, totalizando R$ 23,4 mil. A investigação também levantou suspeitas sobre a falta de pagamento de planos de saúde por parte de Carlos, conforme declarado em seu Imposto de Renda, sugerindo a existência de funcionários fantasmas em seu gabinete.
O promotor responsável pelo caso, Alexandre Graça, arquivou as suspeitas contra Carlos, alegando não ter encontrado movimentações financeiras irregulares em suas contas. No entanto, a denúncia contra Fernandes foi oferecida.
Em nota, o filho do ex-presidente afirmou receber com tranquilidade o arquivamento das suspeitas contra ele e demonstrou indignação com a denúncia contra membros de seu gabinete, ressaltando sua confiança na inocência de todos os envolvidos.
A investigação sobre a suposta prática de “rachadinha” no gabinete de Carlos Bolsonaro continua em andamento, com a autorização da quebra de sigilo bancário de servidores e ex-servidores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, bem como de empresas ligadas ao caso.