Uma mulher brasileira de 41 anos foi vítima de feminicídio em Émerainville, na França, de acordo com informações da imprensa local. Seu marido, também brasileiro, é o principal suspeito do crime; após o incidente, ele tentou tirar a própria vida e foi levado para o hospital. Não há detalhes sobre o estado de saúde dele.
O crime foi descoberto quando um dos três filhos do casal, de 17 anos, acionou o socorro. Ele também ficou ferido ao tentar ajudar a mãe, que foi fatalmente esfaqueada. Dois dos filhos testemunharam o trágico acontecimento.
A vítima foi identificada como Juliana de Oliveira Salomão, natural de Nova Venécia, Espírito Santo, e residente na França com a família há mais de cinco anos. De acordo com informações da TV Globo no Espírito Santo, a irmã de Juliana informou que ela estava em processo de separação devido a agressões do marido e possuía uma medida protetiva contra ele, não vivendo na mesma casa há cerca de três meses.
Houve a mobilização de uma campanha online para arrecadar fundos com o objetivo de repatriar o corpo de Juliana para o Brasil e amparar os filhos menores. Segundo relatos da TV Globo, o suspeito também teria falecido.
O jornal Le Parisien divulgou que a vítima foi morta com múltiplos golpes de faca, especialmente no pescoço e na nuca, de acordo com informações do promotor do caso, Jean-Baptiste Bladier. A polícia aguarda os resultados da autópsia, realizada pelo Instituto Médico Legal de Paris, para confirmar a causa da morte.
Após a descoberta do corpo da vítima, o marido foi encontrado “pendurado no porão do prédio” onde a família morava, conforme relatado pelo promotor. Um dos filhos, de 17 anos, acionou as autoridades e afirmou que seu pai havia atacado a mãe com facadas. Este filho também ficou ferido ao tentar proteger a mãe.
Os dois filhos menores estão recebendo atendimento e serão acompanhados pelos serviços sociais franceses. A filha mais velha da vítima estaria no Brasil.
A irmã da vítima mencionou que o sobrinho de 17 anos sofreu um corte no braço durante o incidente, mas está fora de perigo. O suspeito, segundo o promotor, não tinha antecedentes criminais, porém foi preso em julho de 2024 por violência doméstica.
Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores não divulgou informações sobre o processo para repatriar o corpo de Juliana e os filores ao Brasil. A família da vítima e a defesa do suspeito não foram localizadas para comentar sobre o caso.
