Diversos municípios brasileiros estão com a atualização atrasada do Cadastro Único, fundamental para a focalização de mais de 2.000 programas sociais. Segundo informações da Folha de S.Paulo, em agosto, o indicador de atualização nacional estava em 88% para famílias de baixa renda, porém alguns locais têm índices abaixo de 70%.
O ministro Wellington Dias apontou que o ritmo da atualização pode ter sido reduzido por alguns prefeitos devido às eleições municipais. Em municípios como Virgolândia (MG), Mirim Doce (SC) e Camacho (MG), os percentuais de atualização são baixos, sendo 61,13% em Virgolândia. Jundiaí (SP) também enfrenta dificuldades, com 72,57% de atualização, justificado pela prefeitura devido à dificuldade de contato com as famílias e ao aumento da demanda pós-pandemia.
O governo federal iniciou em 2023 ações de atualização do Cadastro Único, incluindo medidas como cruzamento de dados de renda e visitas domiciliares. A explosão de famílias unipessoais a partir de 2021, influenciada pelo Auxílio Brasil, foi identificada como um dos desafios.
Especialistas destacam melhorias na focalização do programa Bolsa Família, mas apontam que ainda há desafios. A integração ao Cadastro Único é essencial não só para os benefícios atuais, mas também para acessar o cashback da reforma tributária.
A atualização do Cadastro Único é crucial para garantir a focalização dos programas sociais, e é essencial que os municípios estejam em dia com essa tarefa para assegurar que os benefícios alcancem as famílias que realmente necessitam.