Na eleição parlamentar no Japão neste domingo, o Partido Liberal Democrático (PLD) corre o risco de perder a maioria e até mesmo o primeiro-ministro Shigeru Ishiba pode enfrentar consequências. Pesquisas indicam que o PLD e seu aliado, o Komeito, podem não atingir as 233 cadeiras necessárias para a maioria, devido a um escândalo envolvendo contas secretas que afetou a facção dominante do partido.
Especialistas sugerem que, mesmo sem maioria, o PLD poderá permanecer no poder buscando apoio de partidos da oposição para negociações de votações. No entanto, essa situação poderia gerar instabilidade e ameaçar a liderança de Ishiba dentro do partido.
Além disso, o escândalo das contas secretas pode prejudicar a capacidade do PLD de aumentar os gastos militares do país, em um momento em que busca se contrapor à China. As pesquisas indicam um possível crescimento do principal partido de oposição, o Partido Constitucional Democrático.
O PLD tem estado no comando do Japão desde 1955, com exceção de dois períodos breves. O escândalo atual tem impactado a governabilidade interna do partido e a capacidade de tomar decisões importantes. Os resultados da eleição serão divulgados na manhã de segunda-feira na Ásia.