A pesquisa Censo Demográfico 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trouxe informações importantes sobre a composição das unidades domésticas no Brasil. Segundo os dados divulgados, os homens agora representam 50,9% dos responsáveis pelas unidades, totalizando 37 milhões, enquanto as mulheres correspondem a 49,1%, totalizando 36 milhões. Esses números indicam uma mudança significativa em relação a 2010, quando a maioria dos responsáveis era do sexo masculino.
O estudo também revelou que o número de unidades domésticas no país aumentou de 57 milhões em 2010 para 72 milhões em 2022, com uma média de 2,8 moradores por unidade. Mais da metade das unidades (57,5%) são compostas por responsável e cônjuge de sexos diferentes, embora tenha havido um aumento no número de unidades com responsáveis em uniões homoafetivas.
Pela primeira vez, a pesquisa apontou que a proporção de pardos responsáveis superou a de brancos, refletindo as mudanças demográficas recentes. O estudo também destacou a diminuição do número de filhos nas unidades domésticas e o aumento das unidades unipessoais.
A análise também evidenciou que a composição das unidades domésticas varia de acordo com a faixa etária dos responsáveis, sendo as unidades nucleares mais comuns entre os mais jovens e as unidades unipessoais e estendidas mais prevalentes entre os mais idosos. O estado do Rio de Janeiro foi apontado como o que possui a maior proporção de unidades unipessoais e como um dos mais envelhecidos do país.
Esses resultados refletem as transformações na estrutura familiar e nas composições das unidades domésticas no Brasil, demonstrando a diversidade de arranjos familiares e a evolução das relações interpessoais ao longo do tempo.