O prefeito Ricardo Nunes (MDB) adotou um tom mais informal durante uma entrevista ao podcast Flow, que tem uma audiência jovem na internet. Ele usou gírias para criticar Pablo Marçal (PRTB), reforçar sua postura conservadora e rebater acusações de ser “comunista” e de “esquerda” feitas pelo influenciador.
Durante a entrevista, Nunes chamou o apresentador de “mano”, utilizou a expressão “parada” várias vezes e destacou sua posição contrária a temas como ideologia de gênero, legalização do aborto e das drogas, além de pedir a quebra de sigilo fiscal na CPI da Sonegação Tributária.
Ele enfatizou que não se identifica com a esquerda ou o comunismo e questionou as credenciais de direita de Marçal, mencionando sua origem na periferia e destacando sua oposição à inclusão da ideologia de gênero no Plano Municipal de Educação em 2015.
Além disso, o prefeito criticou propostas de Marçal, como a construção de um prédio de um quilômetro de altura e a implantação de teleféricos na cidade. Ele também levantou suspeitas sobre possíveis conexões entre membros do PRTB e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Quanto às eleições, Nunes afirmou que, se reeleito, será ele quem comandará São Paulo, apesar do apoio oficial de Jair Bolsonaro (PL). Ele ressaltou a importância da parceria com o ex-presidente e destacou que, em caso de problemas, a população deve procurá-lo e não Bolsonaro.
Pablo Marçal emergiu como o principal concorrente de Nunes entre os eleitores de direita, mesmo com o apoio do emedebista por Bolsonaro. Pesquisas indicam que a maioria dos eleitores do ex-presidente declara preferência pelo candidato do PRTB.