A Assembleia-Geral da ONU aprovou uma resolução pedindo o fim da ocupação do território palestino da Cisjordânia por Israel em até 12 meses. A medida contou com o apoio de 124 países, incluindo o Brasil, enquanto 14 votaram contra e 43 se abstiveram.
A resolução foi fundamentada nas decisões da Corte Internacional de Justiça em Haia, que considerou ilegais as tropas e os assentamentos israelenses na Cisjordânia e exigiu seu encerramento imediato.
Embora a ONU e a CIJ não tenham poder para fazer cumprir suas resoluções, a aprovação da medida deve aumentar a pressão internacional sobre Israel. Além disso, a resolução insta os membros da ONU a interromperem a importação de produtos dos assentamentos israelenses e a transferência de armas para Israel, especialmente se houver suspeita de uso nos territórios ocupados.
Vários países, como França, China, Colômbia, Japão, Irlanda, México e Portugal, apoiaram a resolução, enquanto Estados Unidos, Israel, Hungria e Argentina se posicionaram contra.
Israel considerou a resolução como uma incitação ao terrorismo e prejudicial ao processo de paz, enquanto os EUA, principal aliado de Israel, foram contrários à medida. A delegação do Egito expressou frustração com os esforços dos EUA para persuadir aliados a votarem contra a resolução, alegando que Washington está protegendo Israel de consequências legais e políticas.