O Papa Francisco fez críticas à política de Israel em seu discurso no Vaticano, destacando a “arrogância do invasor” na Ucrânia e na Palestina. Durante as comemorações do aniversário do tratado de paz entre Chile e Argentina, o pontífice condenou o comércio de armas e enfatizou a importância do diálogo na comunidade internacional.
O Papa tem demonstrado preocupação com as populações da Ucrânia e da Faixa de Gaza, pedindo pela libertação de reféns israelenses capturados pelo Hamas em suas orações. Esta é a primeira vez que ele critica publicamente a política israelense em relação aos territórios palestinos de forma tão contundente. Suas declarações vêm após a publicação de seu livro “A esperança nunca desilude. Peregrinos por um mundo melhor”, no qual ele levanta questionamentos sobre a situação na Faixa de Gaza, sugerindo a possibilidade de genocídio.
A Santa Sé reconhece o Estado da Palestina desde 2013 e defende a solução de dois Estados. Desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023, mais de 44.235 pessoas, principalmente civis, perderam a vida na Faixa de Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde local. A ação inicial do Hamas em Israel resultou na morte de 1.206 pessoas, também em sua maioria civis.
Até o momento, o Vaticano não emitiu mais posicionamentos sobre as declarações do Papa, e a embaixada israelense ainda não se manifestou sobre o assunto.
