Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM), juntamente com o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), foram indiciados pela Polícia Federal por suspeitas de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. De acordo com as investigações, o trio teria favorecido o grupo Hypermarcas, atualmente Hypera Pharma, no Congresso Nacional em troca de propina. O inquérito teve início a partir da delação premiada de um ex-executivo da Hypermarcas, Nelson Mello, que afirmou ter repassado R$ 30 milhões a dois lobistas para os congressistas.
A defesa de Eduardo Braga negou veementemente as acusações, considerando-as como “ilações esdrúxulas” e sem fundamentação sólida no inquérito. Já a defesa de Romero Jucá rejeitou o indiciamento, afirmando que ele colaborou com as investigações e que o inquérito se baseou apenas na delação do executivo da Hypermarcas. Os advogados de Jucá destacaram que o inquérito parece buscar criminalizar a atividade política ao vincular o trabalho parlamentar com interesses privados, ressaltando que as contribuições da empresa para campanhas políticas foram legítimas.
Até o momento, a defesa de Renan Calheiros não se pronunciou sobre o indiciamento.