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Preço da carne volta a subir após seis meses de queda

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Os dados do IPCA divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (10) mostram que os preços das carnes para os consumidores brasileiros subiram 0,52% em agosto, interrompendo uma sequência de seis meses de queda. Esta foi a primeira alta desde janeiro, quando houve um aumento de 0,08%.

A elevação dos preços das carnes em agosto era esperada devido à redução da oferta no início do segundo semestre, influenciada pela crise climática, que inclui estiagens e queimadas em diversas regiões do país. Isso afetou a qualidade das pastagens e dificultou a criação de bovinos.

Especialistas apontam que a sazonalidade do mercado indica uma oferta mais limitada e preços mais altos pelo restante do ano, devido à escassez de animais causada pelas condições climáticas desfavoráveis. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacou que o mercado de boi gordo no Brasil vem registrando aumentos nas cotações desde julho, devido à falta de animais criados a pasto.

Apesar do aumento em agosto, no acumulado do ano até agosto houve uma queda de 2,45% nos preços das carnes, e em 12 meses a redução foi de 2,14%. Essa diminuição é atribuída ao ciclo da pecuária, que tem aumentado o abate de bovinos e gerado mais oferta no mercado doméstico.

Prevê-se que a disponibilidade de animais se torne mais restrita em 2025, revertendo o ciclo de ampliação da oferta e pressionando os preços. Isso deve se intensificar em 2026, ano em que ocorrerão eleições presidenciais no Brasil. A dinâmica dos preços das carnes é influenciada por fatores como o ciclo da pecuária e a demanda internacional.

O consumo de carnes tem sido motivo de debate político, porém especialistas afirmam que a dinâmica dos preços está mais relacionada ao ciclo da pecuária e à disponibilidade de mercadorias do que a questões políticas. A capacidade de absorção dos consumidores e as condições econômicas também terão impacto sobre a inflação diante de possíveis aumentos nos preços das carnes.

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