Presidente do Banco Central destaca necessidade de “choque fiscal positivo” para redução dos juros no Brasil
Durante uma reunião com investidores em Londres, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a diminuição sustentável dos juros no Brasil provavelmente exigirá medidas consideradas pelo mercado como um “choque fiscal positivo”. Ele ressaltou que historicamente, quedas estruturais nas taxas de juros foram acompanhadas por ações positivas nas contas públicas.
Campos Neto enfatizou a importância de sinalizar ao mercado medidas que sejam interpretadas como um impacto positivo, para permitir a redução dos juros e a convivência com taxas menores. Ele apontou que, apesar do Brasil possuir números fiscais semelhantes a outros países emergentes, a dívida pública brasileira tem um ponto de partida mais elevado. O presidente do Banco Central também mencionou a necessidade de transparência nos números para evitar percepções negativas no mercado.
Por outro lado, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, destacou a importância de cortar gastos em políticas públicas ineficientes para abrir espaço no orçamento e realizar investimentos. Em um evento em São Paulo, Tebet enfatizou a necessidade de identificar e eliminar o que não funciona, após os cortes de erros e fraudes realizados em 2023. Ela ressaltou a coragem necessária para promover mudanças e direcionar os recursos de forma mais eficiente.
Essas declarações refletem as discussões em curso sobre a necessidade de medidas fiscais e cortes de gastos para promover uma redução sustentável das taxas de juros e fortalecer a economia brasileira.
