**Dia histórico de extrema seca e calor intenso em São José do Rio Preto**
No último dia 4, a cidade de São José do Rio Preto vivenciou um evento marcante de seca extrema, com a umidade relativa do ar atingindo o recorde de apenas 9%, o menor valor já registrado desde 2008, de acordo com a estação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) localizada no bairro Eldorado às 16h.
A combinação da baixa umidade com uma temperatura de 38 graus resultou em um cenário de calor intenso e risco elevado de incêndios na região. Outras cidades próximas, como Ilha Solteira, Santa Salete, Dirce Reis, Jales, Votuporanga e Santa Fé do Sul, também enfrentaram índices críticos de umidade, chegando a valores tão baixos quanto 7% em Santa Fé do Sul.
Essa situação preocupante levou à ocorrência de um incêndio na Reserva Indígena de Braúna, originado em uma plantação de cana-de-açúcar e se alastrando até as margens da Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), ameaçando a Reserva Indígena Icatu. A ação conjunta dos brigadistas de usinas locais foi crucial para controlar as chamas e preservar as casas dos indígenas, apesar dos danos ambientais significativos.
Além disso, a má qualidade do ar também foi um ponto de preocupação, com altas concentrações de material particulado fino (MP2,5) atingindo 68 microgramas por metro cúbico, quase quatro vezes acima do limite seguro estabelecido pela Organização Mundial da Saúde. Isso representa um risco elevado para grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.
O Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertaram para os níveis preocupantes de umidade em diversas cidades do noroeste paulista, colocando toda a região em estado de alerta.