O Grupo Stellantis está focando em carros híbridos como uma alternativa aos veículos elétricos no Brasil e em outros países do hemisfério Sul. A empresa, que controla marcas como Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM, acredita que países em desenvolvimento terão mais dificuldades para eletrificar suas frotas, optando por veículos movidos a combustão, especialmente os que utilizam etanol.
A Stellantis pretende aumentar a produção de carros híbridos, o que poderia posicionar o Brasil como um importante fornecedor de combustível no mercado global, já que é o segundo maior produtor de etanol do mundo. A empresa desenvolveu um motor que combina etanol e eletricidade, buscando reduzir o consumo de combustível e as emissões de poluentes.
João Irineu Medeiros, vice-presidente de assuntos regulatórios da Stellantis na América do Sul, destaca que países no hemisfério Sul se beneficiarão com a solução de carros híbridos a etanol para descarbonizar suas frotas.
A Stellantis argumenta que eletrificar as frotas em países em desenvolvimento poderia encarecer os veículos, afetando as vendas de carros novos. A empresa ressalta que a hibridização com etanol pode reduzir ainda mais as emissões de CO2 em comparação com os veículos totalmente elétricos.
Além disso, a empresa ressalta a importância de avaliar o ciclo de vida completo dos veículos, incluindo a fabricação das baterias para os carros elétricos, para uma análise mais abrangente sobre as emissões de carbono.
Com essa estratégia, a Stellantis busca promover a adoção de tecnologias mais sustentáveis e contribuir para a descarbonização do setor automotivo no Brasil e em outros países em desenvolvimento.
