As recentes tempestades devastaram o leste da Espanha, resultando em um trágico balanço de 63 mortos até o momento, de acordo com informações oficiais atualizadas. A Comunidade Valenciana foi a região mais atingida, com 62 vítimas confirmadas, enquanto uma morte foi registrada em Castela-La Mancha.
O governo local ressaltou que o número de mortes ainda está sendo apurado, com o processo de identificação das vítimas em andamento. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, expressou solidariedade aos afetados e alertou para a persistência da situação de emergência, instando a população a manter extrema cautela.
Em um comunicado nacional transmitido de Madri, Sánchez enfatizou a importância de não baixar a guarda diante das condições climáticas adversas. Diversas regiões, incluindo Comunidade Valenciana, Andaluzia, Aragão, Castela-La Mancha, Catalunha, Extremadura, Navarra, Rioja e Ceuta, permanecem em alerta meteorológico. O primeiro-ministro recomendou evitar deslocamentos em áreas de risco próximas a rios e encostas.
Além das vítimas fatais, várias cidades encontram-se inundadas, estradas bloqueadas e pontes destruídas pela força das águas, principalmente em Valência. Imagens da região mostram aldeias, ruas e campos submersos, veículos arrastados pelas enchentes, e pessoas aguardando resgate em telhados e árvores.
A região de Valência enfrentou a pior precipitação em 24 horas desde setembro de 1966, conforme dados oficiais. Em resposta à situação de emergência, o governo espanhol mobilizou mais de mil militares de uma unidade especial de emergência para a área, e estabeleceu uma comissão de crise.
A ministra da Defesa, Margarita Robles, destacou que Valência enfrentou um fenômeno sem precedentes, causado por uma “depressão isolada de níveis altos” (DANA), que resultou em chuvas torrenciais e inundações, especialmente nas áreas costeiras do Mediterrâneo.