O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta sexta-feira (20) que não estará presente na cúpula do G20 no Rio de Janeiro no próximo mês. Em sua declaração, Putin mencionou que a sua participação poderia interferir nos trabalhos do fórum e afirmou que a Rússia enviará um representante em seu lugar. A possibilidade da presença de Putin gerou controvérsias devido a um mandado de prisão emitido contra ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).
Putin minimizou a questão da prisão ao anunciar a sua ausência, sugerindo a possibilidade de a Rússia assinar um acordo bilateral com o Brasil para contornar o mandado do TPI, enfatizando a boa relação entre os dois países. O procurador-geral da Ucrânia instou o Brasil a executar o mandado de prisão, caso Putin comparecesse à cúpula, destacando a importância do Estado de Direito.
O TPI emitiu o mandado de prisão contra Putin no ano passado, acusando-o de falta de controle sobre seus subordinados no caso de deportações ilegais de crianças na Ucrânia. Esta situação também levanta preocupações legais e diplomáticas, pois Putin não seria o primeiro líder a desafiar um mandado de prisão do TPI, tendo recentemente visitado a Mongólia, também signatária do Estatuto de Roma.
A ausência de Putin na cúpula do G20 no Brasil é marcada por controvérsias e preocupações legais relacionadas ao mandado de prisão do TPI, destacando a complexidade das relações internacionais envolvendo o líder russo.