A Enel, empresa responsável pela distribuição de energia na Grande São Paulo, foi intimada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) devido ao apagão que afetou milhões de moradores por até seis dias. A Aneel está investigando se a Enel descumpriu seu plano de contingência e falhou no atendimento emergencial aos consumidores durante o ocorrido.
O apagão teve início após um temporal em 11 de outubro, impactando 3,1 milhões de endereços na região. Embora a Enel tenha informado a quase completa normalização em 17 de outubro, muitos consumidores ainda enfrentaram instabilidades no fornecimento de energia. Comerciantes e moradores sofreram prejuízos e incertezas durante o período de falta de energia.
A Enel agora se encontra em uma situação delicada, com a Aneel notificando a empresa e concedendo um prazo de 15 dias para que apresente sua defesa. O desdobramento desse processo poderá culminar na rescisão do contrato de concessão, decisão que será avaliada pelo Ministério de Minas e Energia.
A Enel, anteriormente criticada por atrasos na normalização do fornecimento de energia, corre o risco de perder sua concessão em São Paulo. As investigações da Aneel têm como objetivo verificar se a empresa tem descumprido normas regulatórias e deixado os consumidores desassistidos em momentos críticos.
Comerciantes relataram prejuízos com perda de mercadorias e interrupções nos negócios durante o período sem energia, enquanto os moradores reclamaram da falta de comunicação clara por parte da empresa e das dificuldades em obter informações.