**Bolsonaro reúne manifestantes em protesto na avenida Paulista, pedindo freio ao ministro Alexandre de Moraes**
SÃO PAULO, SP – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou uma grande quantidade de apoiadores para um protesto na avenida Paulista neste sábado, 7 de Setembro, com foco principal no ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Bolsonaro pediu que o Senado impeça as ações do magistrado, apesar da liderança dos senadores já ter descartado a possibilidade de avançar com pedidos de impeachment contra Moraes.
Durante a manifestação, Bolsonaro subiu em um caminhão de som ao lado de autoridades como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e seus filhos, Eduardo, Flávio e Carlos Bolsonaro. O prefeito Ricardo Nunes também estava presente, porém não foi mencionado nos discursos.
Bolsonaro participou do protesto após se recuperar de uma gripe, de acordo com seus aliados. Em seu discurso, ele destacou as realizações de seu governo e afirmou ter sido alvo de retaliações por não compactuar com a corrupção. O ex-presidente também solicitou a anistia para os detidos em 8 de janeiro de 2023 e criticou a condução das eleições de 2022 por Moraes.
Durante o evento, houve discursos de legisladores bolsonaristas, como Eduardo Bolsonaro, que defendeu o impeachment de Moraes e a anistia para os acusados de atos golpistas. Foi notada também a presença de apoiadores segurando cartazes em apoio a Elon Musk, proprietário do X, antigo Twitter.
O protesto foi motivado pela suspensão das atividades do X no Brasil por ordem de Moraes, o que gerou tanto críticas quanto apoio por parte de Bolsonaro e Musk. O pastor Silas Malafaia fez um discurso inflamado contra o ministro, pedindo seu impeachment.
Durante o evento, foram feitas reivindicações como a anistia para os presos políticos e o fim da perseguição aos inocentes. Alguns discursos abordaram a falta de segurança jurídica e a interferência de Moraes em investigações envolvendo apoiadores de Bolsonaro.
Por fim, Bolsonaro, que foi considerado inelegível até 2030, enfrenta diversas investigações, incluindo acusações de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito. Parte das investigações está relacionada ao inquérito das milícias digitais relatado por Moraes.