A situação na embaixada da Argentina em Caracas sob cerco da ditadura venezuelana já ultrapassa 30 horas, gerando tensão entre os seis opositores asilados no local, incluindo Pedro Urruchurtu Noselli, chefe de campanha de María Corina Machado, principal líder da oposição ao regime de Maduro. Noselli tem compartilhado em seu Instagram imagens de homens armados e encapuzados limitando o acesso à embaixada, que também está sem energia elétrica há 24 horas.
No último sábado, o governo venezuelano retirou unilateralmente a custódia brasileira sobre a embaixada, estabelecida em agosto. Em resposta, o Itamaraty afirmou que o prédio permanece sob proteção diplomática brasileira até que a Argentina, governada por Javier Milei, indique outro país para representá-la na Venezuela.
Diversos países, incluindo Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Panamá e Costa Rica, manifestaram repúdio ao ato do regime venezuelano, pedindo respeito às normas diplomáticas internacionais. Chile e Uruguai destacaram que a decisão viola a Convenção de Viena sobre relações diplomáticas.
Enquanto isso, Edmundo González, adversário de Maduro nas eleições de 28 de julho, deixou o país em direção à Espanha, onde obteve asilo político.