O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que é aliado do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, manifestou o desejo de um segundo turno entre Nunes e o candidato autodenominado “coach” Pablo Marçal (PRTB) para, segundo ele, “desmoralizar” Marçal. Em uma entrevista, Ciro afirmou que Marçal, considerado o candidato mais à direita, não possui apoio de Jair Bolsonaro (PL), mas aspira a ser como o ex-presidente.
Ciro ressaltou que Marçal não obteve o apoio do centrão, grupo do qual o senador faz parte. Apesar de não contar com o respaldo de Bolsonaro, Marçal conseguiu atrair uma parcela dos eleitores do ex-presidente. Ciro minimizou essa situação, alegando que uma parte dos eleitores bolsonaristas desejava um candidato mais alinhado com as ideias do ex-presidente.
O presidente do PP avaliou que Marçal atingiu seu limite de intenções de voto e acredita que Nunes recuperará o impulso para derrotar não só Marçal, mas também Guilherme Boulos (PSOL), candidato apoiado por Lula (PT). Ciro prevê que Nunes sairá vitorioso nas eleições em São Paulo com certa facilidade.
Bolsonaro, que inicialmente elogiou Marçal, passou a criticá-lo à medida que o candidato crescia nas pesquisas, chegando a compartilhar críticas feitas a Marçal por influenciadores. Uma pesquisa divulgada indicou um empate técnico entre Nunes, Boulos e Marçal.
Marçal é o candidato com a maior taxa de rejeição, conforme pesquisas, atingindo 44%. Essa taxa aumentou seis pontos percentuais em uma semana. Boulos vem em segundo lugar em rejeição, com 37%, seguido por Datena, com 32%. Nunes possui uma rejeição de 19%.