Se quiser disputar a eleição para a Prefeitura de São Paulo, o jornalista José Luiz Datena (PSDB) não poderá apresentar programas de rádio e TV a partir deste domingo (30).
Pelo calendário eleitoral, a partir deste domingo, fica vedado aos pré-candidatos participarem como apresentador ou comentarista de programas de rádio e TV.
Datena é apresentador titular do telejornal “Brasil Urgente”, da TV Bandeirantes, que vai ao ar de segunda a sábado, pela tarde.
Ele tem aparecido com destaque em levantamentos recentes sobre intenção de voto. Pesquisa Quaest/Genial Investimentos divulgada na semana passada o apontou com 17% das intenções de voto para a prefeitura paulistana, na terceira colocação, mas empatado tecnicamente com os líderes Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL).
Ao analista da CNN Pedro Venceslau, o presidente do diretório paulistano do PSDB, José Aníbal, disse que Datena vai tirar férias (em julho) e licença (agosto e setembro) da Band.
Histórico de recuos
O jornalista é pela quinta vez seguida pré-candidato a algum cargo em uma eleição – e, nos últimos quatro pleitos, o apresentador não passou dessa etapa.
Em 2016, em sua primeira tentativa de alçar voos eleitorais, Datena se filiou ao PP e pretendia se lançar à Prefeitura de São Paulo. Porém, ainda em janeiro, o apresentador desistiu, após a revelação de uma denúncia que vinculava o PP com corrupção na Petrobras, em meio à Operação Lava Jato.
De 2018 em diante, Datena desistiu de disputas para o Senado e para a vice-prefeitura da capital, e sempre tendo como pano de fundo a data-limite para aparecer na TV.
Há seis anos, Datena chegou a se afastar da TV dentro do prazo, mas comunicou sua desistência eleitoral ao Senado voltando, de surpresa, ao “Brasil Urgente”.
Em 2020 – pré-candidatura como vice na chapa de Bruno Covas (PSDB) – e em 2022 – Senado –, Datena apresentou o telejornal no primeiro dia em que devia se afastar da TV.
Promessa de não haver “recuo”
Os motivos dados por Datena para as três desistências foram diversos, como reflexão com a família, pedido do Grupo Bandeirantes e hostilização de “certos grupos radicais”.
Desta vez, porém, Datena diz que já não há mais “volta atrás” ou “recuo” na sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB.
“Eu quero ser prefeito para acabar com essa bandalheira. E a população, pelo jeito, também quer”, afirmou, em áudio divulgado à imprensa após a divulgação da pesquisa Quaest.
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