A cúpula do G20, marcada para 18 a 19 de novembro no Rio de Janeiro, está sendo impactada pela vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, de acordo com analistas consultados pela Agência Brasil.
O governo brasileiro tem como prioridade propor reformas em instituições como o Conselho de Segurança da ONU, o FMI e a OMC durante o G20, que reúne as grandes economias mundiais. No entanto, a vitória de Trump está temporariamente suspendendo essas discussões, uma vez que seu governo tende a ignorar fóruns internacionais como o G20.
A derrota da candidata democrata Kamala Harris também enfraqueceu a cúpula do G20, uma vez que sua vitória representaria uma continuidade das políticas do Partido Democrata dos EUA. Com a incerteza sobre as ações dos EUA sob a liderança de Trump, a cúpula do G20 se encontra em uma posição mais delicada.
Países que defendem a reforma da governança global argumentam que as instituições criadas após a Segunda Guerra Mundial não refletem mais a realidade geopolítica atual e não são capazes de garantir a paz internacional. A Declaração do Brics e decisões anteriores do G20 têm apoiado essa reforma.
No entanto, a efetivação de uma reforma da governança global é considerada improvável, pois envolve a redistribuição de poder entre os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, o que é politicamente complexo de alcançar.
Em resumo, a vitória de Trump e a incerteza política nos EUA estão dificultando as discussões sobre a reforma da governança global no âmbito do G20, tornando o avanço nesse tema mais desafiador.