Israel enfrenta greve em protesto contra o governo após morte de reféns
Nesta segunda-feira (2), Israel foi palco de uma greve em protesto contra o governo, em um dos maiores movimentos de revolta da população desde o início do conflito contra o Hamas, em outubro do ano passado.
A paralisação, apoiada por sindicatos e empresas, interrompeu significativamente a atividade econômica israelense. Milhares de manifestantes bloquearam estradas em Jerusalém e Tel Aviv, e reuniram-se em frente à residência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Os grevistas exigem uma postura mais firme do governo em relação ao cessar-fogo no conflito, que já dura quase um ano, e pressionam pela libertação dos reféns israelenses ainda em posse do Hamas em Gaza.
A greve foi convocada por Arnon Bar-David, líder do sindicato Histadrut, que representa centenas de milhares de trabalhadores. Mesmo empresários do setor de alta tecnologia, geralmente contrários a greves, aderiram ao movimento.
Os protestos foram desencadeados pela notícia da morte de seis reféns israelenses, dos quais cerca de 101 ainda estão detidos. O Fórum das Famílias de Reféns culpou o governo de Netanyahu pela falta de um acordo para encerrar os confrontos e trazer os reféns de volta para casa.
A greve foi contestada pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, que argumentou que prejudicaria a economia e não teria base legal para influenciar as decisões políticas relacionadas à segurança nacional.
A Associação dos Fabricantes de Israel também criticou o governo, destacando a importância do retorno dos reféns para encerrar o conflito, recuperar a sociedade e restabelecer a economia do país.
Diante desse cenário, a população israelense continua a pressionar o governo por ações concretas para resolver a situação dos reféns e encerrar o conflito com o Hamas.