Juiz do Rio de Janeiro determina que investigação sobre suposta “rachadinha” no gabinete de Carlos Bolsonaro seja devolvida ao Ministério Público
Nesta quinta-feira, 12, o juiz Thales Braga, da Justiça do Rio de Janeiro, decidiu que a investigação referente ao caso de possível “rachadinha” no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PL) deve ser entregue de volta ao Ministério Público. O magistrado da 1ª Vara Criminal Especializada apontou inconsistências na denúncia envolvendo sete servidores e no arquivamento das acusações contra o vereador, solicitando esclarecimentos por parte do MP. Até o momento, a defesa de Carlos Bolsonaro não se pronunciou sobre o assunto.
De acordo com o Ministério Público do Rio, sete funcionários e ex-funcionários da Câmara Municipal foram denunciados sob suspeita de participação em uma suposta “rachadinha” no gabinete de Carlos Bolsonaro, sendo o chefe de gabinete, Jorge Luiz Fernandes, apontado como líder do esquema de desvio salarial. A Promotoria alega que as atividades ilícitas teriam ocorrido entre junho de 2005 e dezembro de 2021 no gabinete do vereador. Contudo, a investigação contra Carlos Bolsonaro foi arquivada devido à falta de evidências concretas de movimentação financeira suspeita.
O juiz argumentou que não há justificativa suficiente para encerrar o processo contra Carlos Bolsonaro e solicitou esclarecimentos sobre a tipificação do crime dos demais denunciados. Após análise das explicações fornecidas, a Justiça irá decidir se aceita ou não a denúncia apresentada pelo Ministério Público.