A Polícia Federal (PF) entregou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) áudios que revelam a “insatisfação” de magistrados supostamente envolvidos em um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins. Os investigadores classificaram os áudios como “chocantes”.
Os magistrados sob investigação são alvos da Operação Máximus, que resultou em dois mandados de prisão preventiva e buscas em 60 endereços em cinco estados diferentes. A operação foi autorizada pelo ministro João Otávio Noronha, do STJ. Durante a ação, foram feitas buscas nas dependências do Tribunal de Justiça do Tocantins.
Os áudios registrados pela PF mostram diálogos entre os investigados, nos quais é evidenciada a insatisfação dos membros do Judiciário com os pagamentos de propina feitos de maneira parcelada e com a demora, especialmente em relação aos interesses de uma mineradora.
A investigação teve início a partir de uma denúncia anônima, e a PF encontrou indícios de corrupção em diversos processos, inclusive comprovantes de pagamento de propina. Segundo a polícia, as gravações sugerem que a organização criminosa atua de forma coordenada para favorecer interesses ilegais no Tribunal de Justiça do Tocantins.
Até o momento, os desembargadores investigados optaram por não se manifestar, com exceção de Etelvina Felipe, que negou qualquer irregularidade e rejeitou as acusações feitas contra ela.
(Fonte: Notícia adaptada com base em informações do Estadão)