O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comparou a disputa entre o ministro Alexandre de Moraes e Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter), no Brasil, com a situação nos Estados Unidos envolvendo o TikTok. Durante um seminário sobre Inteligência Artificial, Lewandowski destacou semelhanças entre as questões judiciais no Brasil e nos EUA, incluindo alegações de interferência política e ideologia extremista.
Ele também mencionou a legislação dos EUA que ameaça a presença do TikTok no país devido a possíveis ligações da empresa com interesses estratégicos chineses. Além disso, Lewandowski abordou preocupações geopolíticas sobre o avanço da IA e a influência de empresas estrangeiras.
No Brasil, a suspensão do X por ordem de Moraes e a postura de Musk em relação à situação política e institucional do país foram discutidas. Musk tem se manifestado nas redes sociais sobre vários temas, incluindo críticas a Moraes, a quem chamou de “ditador”.
A decisão de bloquear o X no Brasil foi justificada pela empresa por descumprimento de ordens judiciais e falta de representação legal no país. Enquanto Musk se posiciona como defensor da liberdade de expressão, suas ações são interpretadas como buscando interesses comerciais e políticos.
No caso do TikTok nos EUA, a proibição imposta por Joe Biden está ligada a preocupações com segurança nacional, alegando que a ByteDance (empresa dona do TikTok) poderia fornecer dados ao governo chinês. A legislação sancionada proíbe a operação do aplicativo nos EUA, a menos que seja desvinculado da ByteDance em um prazo determinado.
Essas questões levantam debates sobre a proteção de dados, a influência de grandes empresas de tecnologia e implicações geopolíticas e de segurança nacional relacionadas ao uso e controle de aplicativos e plataformas online.