O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que o nome do Ricardo de Mello Araújo “não tinha grande simpatia por parte de muitos” em sua pré-campanha para ser seu vice na chapa à reeleição, mas “o processo foi evoluindo” em direção a um consenso.
“O Tarcísio (de Freitas) tinha simpatia por outros nomes, mas passou a defender o nome (do Mello Araújo)”, afirmou Nunes, ao lado do governador paulista, do Republicanos, quem primeiro fez o anúncio do vice, nesta sexta-feira (21).
O apoio de Tarcísio ao coronel da reserva da Polícia Militar foi selado após almoço na semana passada, na sede da prefeitura, que reuniu o governador, o então indicado para a vice, Nunes e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na quarta-feira (19), representantes dos 11 partidos que apoiam a empreitada de Nunes – mais o União – acertaram que a vice da chapa iria para um nome do PL. O acordo se deu em jantar realizado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado.
Além de Mello, o PL chegou a ter os nomes das vereadoras Sonaira Fernandes e Rute Costa, da delegada Raquel Gallinati e da ex-deputada federal Zulaiê Cobra na disputa pela vaga. Pesou a favor do coronel, porém, o endosso público de Bolsonaro.
Sonaira Fernandes foi secretária de Políticas para Mulher do estado e contava com a simpatia de Tarcísio. Nunes, porém, resistia ao seu nome devido a críticas feitas por ela ao ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), de quem o atual mandatário era vice, na pandemia.
“As pessoas foram conhecendo o coronel Mello”, disse Nunes. “O Tarcísio passou a defender, depois veio o PSD, o apoio do PP, do Republicanos. Ou seja: foi uma construção. E eu fico muito feliz e satisfeito”, acrescentou.
Ex-Rota, a tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, Mello Araújo estava no comando estatal federal Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) entre 2020 e 2022, durante o governo Bolsonaro.
“Tenho certeza de que, se a gente ganhar a eleição, a gente vai poder contar com ele igual ele fez no Ceagesp: corajoso, determinado, não aceita as questões de corrupção, crime organizado”, acrescentou Nunes.
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