Mesmo com a rede social X (antigo Twitter) bloqueada no Brasil por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), alguns parlamentares estão desafiando a decisão judicial e continuam ativos na plataforma. Pelo menos 10 deputados e senadores foram identificados postando mensagens, principalmente contra o ministro Alexandre de Moraes e questionando a determinação do STF.
Entre os parlamentares que persistem na utilização da rede social X mesmo após o bloqueio estão Eduardo Girão (Novo-CE), Evair de Melo (PP-ES), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Gustavo Gayer (PL-GO), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Jorge Seif (PL-SC), Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel Van Hattem (PP-RS), Marcos do Val (Podemos-ES), Nikolas Ferreira (PL-MG), Rogério Marinho (PL-RN) e Sergio Moro (União-PR).
Alguns parlamentares, como Sérgio Moro e Júlia Zanatta, afirmaram estar utilizando “correspondentes internacionais” para realizar suas publicações. Flávio Bolsonaro pediu assinaturas para um abaixo-assinado pedindo o impeachment de Moraes, enquanto outros parlamentares como Rogério Marinho e Nikolas Ferreira desafiaram abertamente a decisão de bloqueio.
A determinação de bloqueio da plataforma foi motivada pelo descumprimento de ordens anteriores do STF à empresa X no Brasil. A empresa foi obrigada a designar um representante legal e a pagar multas por não acatar bloqueios a perfis e conteúdos com discurso de ódio. O bloqueio da plataforma continuará em vigor até que essas exigências sejam cumpridas.
Diversos parlamentares expressaram críticas à decisão de Moraes, como Hamilton Mourão, enquanto alguns, como Marcel Van Hattem, relataram utilizar redes privadas virtuais para burlar o bloqueio. Esse cenário tem gerado debates acalorados sobre liberdade de expressão e imunidade parlamentar nas redes sociais.
Assim, mesmo diante do bloqueio, alguns parlamentares desafiam a ordem judicial e permanecem ativos na rede social X, alimentando discussões sobre liberdade de expressão e prerrogativas dos parlamentares.