O presidente da França, Emmanuel Macron, revelou seu novo governo neste sábado (21) após um período de incertezas políticas desde as eleições parlamentares de julho. O recém-nomeado primeiro-ministro, Michel Barnier, dedicou semanas à negociação de uma coalizão com forças de centro e direita antes de apresentar sua equipe, composta principalmente por membros do partido Os Republicanos e apoiadores de Macron.
Apesar da vitória da aliança esquerdista NFP nas eleições, o governo de Macron foi formado sem uma maioria parlamentar claramente definida, com o apoio tácito da ultradireita de Marine Le Pen. O novo gabinete, composto por 39 ministros, conta com figuras como Bruno Retailleau no Ministério do Interior, conhecido por sua postura firme em relação à imigração, e Antoine Armand, de 33 anos, como ministro da Economia.
A escolha de Barnier como primeiro-ministro foi feita com base em sua capacidade de formar um governo capaz de isolar tanto a ultradireita quanto a esquerda, mantendo as promessas de campanha de Macron. A nomeação causou indignação entre os deputados da NFP, que reivindicavam o direito de formar o governo. No entanto, o sistema político francês permite ao presidente escolher o primeiro-ministro sem a necessidade de aprovação parlamentar, embora este possa ser destituído por uma moção de censura.
A NFP planeja apresentar uma moção de censura contra Barnier, que poderia ser bem-sucedida com o apoio da ultradireita. Marine Le Pen, líder desse bloco, declarou que aguardará para analisar o plano de governo de Barnier antes de tomar uma posição.
