Durante a última cúpula do Brics em Kazan, o presidente russo Vladimir Putin fez uma sugestão inédita de possível envolvimento das forças da Coreia do Norte na Guerra da Ucrânia. Segundo informações de serviços de inteligência dos EUA, Coreia do Sul e Ucrânia, houve a suspeita de envio de cerca de 3.000 soldados norte-coreanos dos 12 mil que teriam sido oferecidos a Putin.
Putin mencionou um acordo de defesa mútua assinado com Kim Jong-un em julho, prevendo assistência mútua em caso de um dos países ser alvo de uma invasão armada. O presidente russo negou que a utilização das forças norte-coreanas represente uma escalada no conflito e reiterou sua versão sobre o início da guerra em 2014, culpando o Ocidente por apoiar um golpe em Kiev.
Além disso, Putin mencionou a proposta de negociações de paz feita pela China e Brasil, apoiada no âmbito do Brics. Ele destacou a recusa de Zelenski em dialogar, alegando que o presidente ucraniano quer manter-se no poder apesar do término de seu mandato no início do ano.
O presidente russo também afirmou estar em contato com o Irã para evitar um possível ataque de Israel, buscando uma solução pacífica. Essa nova dinâmica nas relações entre Rússia, Coreia do Norte e Irã sugere uma possível cooperação militar entre esses países no contexto da chamada “Guerra Fria 2.0” contra os EUA e seus aliados.
É importante ressaltar que as informações sobre o possível envolvimento das forças da Coreia do Norte na guerra na Ucrânia ainda estão em fase de desenvolvimento e sujeitas a alterações.