A Catalunha enfrentou fortes chuvas e tempestades na última segunda-feira (4), logo após a devastadora tempestade que atingiu Valência na semana anterior, causando 217 mortes. As intensas precipitações em níveis recordes bloquearam estradas, interromperam o transporte ferroviário e aéreo, resultando no cancelamento de voos no aeroporto de Barcelona, El Prat, que ficou isolado e alagado.
Segundo o serviço meteorológico espanhol, a região de El Prat recebeu 150 mm de chuva em apenas quatro horas, Tarragona registrou 110 mm e Sitges 59 mm, quantidades que representam um quarto da média anual de chuvas na região. Esse foi o maior volume de chuva na região desde 1957, e especialistas indicam que o aquecimento do mar Mediterrâneo devido à crise climática contribuiu para a intensidade da tempestade.
Diante da situação de emergência, parlamentares debatem a possível declaração de uma emergência nacional, visando transferir o gerenciamento da crise das autoridades locais para as autoridades federais. Críticas têm sido direcionadas à atuação do Poder Público na crise, apontando atrasos em alertas e impasses burocráticos que dificultaram a chegada de socorro às áreas afetadas.
O desastre já resultou em 217 mortes e há ainda pessoas desaparecidas. A inspeção de 50 carros em um estacionamento subterrâneo em um centro comercial de Aldaia não revelou corpos, trazendo um certo alívio, mas a preocupação persiste em relação aos desaparecidos.