Na madrugada desta segunda-feira (2), ocorreu uma tentativa de fuga na maior penitenciária da República Democrática do Congo, que resultou na morte de 129 detentos, segundo informações do ministro do Interior do país, Jacquemain Shabani, divulgadas nesta terça-feira (3).
Segundo o ministro, 24 detentos foram mortos a tiros pelas forças de segurança após serem advertidos. Os demais detentos faleceram por sufocamento ou esmagamento durante a tentativa de fuga na prisão de Makala, em Kinshasa, capital do país. As autoridades não revelaram o número exato de envolvidos na tentativa de fuga nem detalhes sobre as circunstâncias do incidente, mas ressaltaram que nenhum prisioneiro conseguiu escapar e que a situação estava sob controle.
Além das vítimas fatais, pelo menos 59 detentos ficaram gravemente feridos. Partes do complexo prisional, inicialmente projetado para abrigar 1.500 detentos, mas que atualmente detém entre 14 mil e 15 mil prisioneiros, foram incendiadas, incluindo o prédio da administração, o depósito de alimentos e um hospital.
Grupos de direitos humanos estão clamando por uma investigação internacional para esclarecer o ocorrido. Imagens do local mostram um grande buraco em uma parede de tijolos, edifícios carbonizados e documentos espalhados pelo chão em um escritório.
O ministro da Justiça, Constant Mutamba, afirmou nas redes sociais que estão em andamento investigações para identificar e punir severamente os responsáveis pelos acontecimentos.