Autoridades russas anunciaram que, em resposta a um dos maiores ataques da Ucrânia desde o início da guerra em 2022, 158 drones foram derrubados em 15 regiões, incluindo Moscou. O Ministério da Defesa russo informou que 122 desses drones foram abatidos em regiões próximas à fronteira ucraniana.
Os destroços dos drones provocaram incêndios na Refinaria de Petróleo de Moscou e na Usina de Energia de Konakovo. Em resposta ao que chamou de “terrorismo russo”, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, defendeu o uso de todos os meios necessários para combater essa ameaça.
Em Kharkiv, no norte da Ucrânia, bombardeios atingiram um shopping e um salão de eventos, deixando pelo menos 47 pessoas feridas, incluindo cinco crianças. O Exército russo tomou o controle de duas localidades na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.
O conflito, que já dura dois anos e meio, atingiu um ponto crítico com a intensificação dos ataques aéreos da Rússia na semana passada, incluindo mais de 200 drones e mísseis contra instalações de energia. Zelenski tem buscado apoio dos Estados Unidos e outros aliados para obter armas mais poderosas contra a Rússia.
Serguei Riabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, declarou que Moscou está revendo sua doutrina nuclear em resposta às ações do Ocidente em relação ao conflito na Ucrânia, sem entrar em detalhes sobre as mudanças. Atualmente, a diretriz estabelecida por Putin em 2020 permite o uso de armas nucleares em caso de ameaça à existência do Estado. Riabkov afirmou que o trabalho nesse sentido está avançado.