A Venezuela enfrenta um impasse após o prazo de 30 dias para a publicação dos resultados da eleição presidencial expirar sem a divulgação dos dados da votação por mesa eleitoral. A validação da vitória do presidente Nicolás Maduro pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) exigia a publicação dentro do prazo estipulado pela legislação, porém os dados ainda não foram tornados públicos.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) se comprometeu a cumprir a decisão do TSJ, mas até o momento da última atualização do Diário Oficial em 21 de agosto, os dados não haviam sido divulgados. O país também enfrentou um apagão em diversos estados no dia em que o prazo expirou, sendo atribuído pelo governo a ações de sabotagem contra a Hidrelétrica de Guri.
Enquanto isso, o candidato opositor Edmundo González foi convocado pelo Ministério Público da Venezuela para prestar depoimento em uma investigação envolvendo supostos crimes, o que gerou alegações de perseguição por parte da oposição. Paralelamente, as denúncias de prisões arbitrárias persistem, com organizações de direitos humanos e a oposição acusando o governo de Maduro de deter líderes, ativistas e jornalistas. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou tais detenções, enquanto as autoridades venezuelanas defendem as ações como parte do combate a grupos criminosos que atacam apoiadores do governo.
