O governo alemão, liderado por Olaf Scholz, decidiu reforçar a fiscalização das fronteiras do país em meio às próximas eleições parlamentares, provocando uma crise na União Europeia devido à sua posição contrária ao princípio de livre circulação de pessoas e mercadorias.
A ministra do Interior, Nancy Faeser, anunciou que a Alemanha restabelecerá bloqueios policiais nas fronteiras ao norte e oeste e começará a recusar a entrada de parte dos refugiados, sendo essa medida interpretada como uma estratégia eleitoral devido à queda de popularidade do governo de Scholz nas pesquisas.
A oposição, liderada pelo partido CDU, está pressionando por mudanças na política imigratória para atrair eleitores mais à direita, especialmente após a identificação de um sírio envolvido em um atentado terrorista. As restrições nas fronteiras serão mantidas por seis meses, gerando críticas de países como Áustria, Polônia e Grécia.
Especialistas destacam que, apesar do aumento nos pedidos de refúgio na Alemanha, não há uma crise migratória. A oposição, ao adotar um discurso alarmista, desafia o direito europeu e levanta questões sobre a capacidade dos partidos alemães em lidar de forma equilibrada e eficaz com as questões migratórias.