Treze deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro assinaram um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O requerimento, que foi protocolado no Senado, conta com o apoio de um total de 152 parlamentares da Câmara. Todos os deputados que estão na mira de Moraes são do PL, a sigla do ex-presidente, e entre eles estão nomes como Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Bia Kicis.
O pedido de impeachment tem como fundamento ações do ministro que envolvem o uso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para respaldar decisões contra alguns dos deputados, sem seguir os procedimentos legais adequados. Ademais, conversas vazadas entre um juiz auxiliar de Moraes e um ex-assessor do TSE revelaram a ordem do ministro para coletar publicações contendo notícias falsas sobre as eleições presidenciais de 2022.
Cinco dos deputados que estão sendo investigados por Moraes também são alvo de inquéritos relacionados a atos antidemocráticos. André Fernandes, Carlos Jordy, Eliézer Girão, Silvia Waiãpi e Zé Trovão são os parlamentares envolvidos nessas investigações, que apuram desde incitação a ataques a prédios públicos até tentativas de golpe de Estado.
Além disso, outras condutas dos deputados, como a contratação de hackers para invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar opositores do ex-presidente, também estão sob investigação. O pedido de impeachment contra Moraes é consequência de uma série de acontecimentos que envolvem os deputados aliados de Bolsonaro e suas relações com o ministro do STF.