A atmosfera nos estúdios da TV Gazeta em São Paulo ficou tensa durante o debate entre os candidatos à Prefeitura em 1º de setembro. Os ânimos exaltados entre eles se intensificaram a cada bloco, chegando ao ponto em que José Luiz Datena (PSDB) ameaçou fisicamente Pablo Marçal (PRTB), gerando um momento de grande tensão. A mediadora do debate, a jornalista Denise Campos de Toledo, conseguiu manter a calma e impor as regras estabelecidas.
Esse confronto evidencia a hostilidade presente nos debates eleitorais em São Paulo, com poucas propostas e muitos ataques, o que tem gerado um aumento significativo na audiência dos meios de comunicação. Diversos debates já ocorreram, e mais encontros entre os candidatos estão programados antes do primeiro turno.
Apesar do aumento da audiência, não significa necessariamente que a população aprove o comportamento agressivo dos políticos. O diretor de jornalismo da Band, Fernando Mitre, enfatiza a importância de debates que permitam uma comparação entre os candidatos, destacando a necessidade de uma estrutura e mediadores que conduzam as discussões de maneira construtiva.
Os debates eleitorais acalorados de hoje refletem, de acordo com especialistas, uma crise na política institucional, se aproximando mais de um reality show do que de uma discussão política construtiva. A presença de figuras polêmicas e a falta de regras rígidas têm contribuído para esse ambiente turbulento, onde o discurso de ódio e a falta de respeito ganham espaço.
Diante desse cenário, sugere-se que as emissoras de televisão imponham regras mais rígidas e evitem que figuras controversas dominem os debates, buscando garantir um ambiente mais saudável e construtivo para a discussão política.