O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), chamou a atenção para a falta de representatividade de pessoas negras na magistratura brasileira. Ele destacou que o Poder Judiciário é predominantemente composto por juízes brancos, o que reflete as históricas exclusões enfrentadas pelos negros.
Para enfrentar essa realidade, o CNJ, em parceria com empresas privadas, criou 750 bolsas de estudo para candidatos negros que se destacarem no Exame Nacional da Magistratura (Enam), com um financiamento de aproximadamente R$ 7 milhões. O objetivo é incentivar a diversidade racial na magistratura e promover a igualdade de oportunidades.
Barroso ressaltou a influência significativa da cor da pele no comportamento das pessoas, na acessibilidade a espaços públicos e no acesso ao poder. Ele enfatizou a importância de identificar e combater o racismo estrutural, destacando a mudança na percepção da sociedade brasileira em relação à questão racial ao longo dos anos.
Nesse contexto, o CNJ concedeu o Prêmio Equidade Racial do Poder Judiciário, que reconhece e premia iniciativas antirracistas promovidas pelos tribunais do país.
