O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, de São Paulo, anunciou que a legenda utilizou mais de R$ 886 milhões do fundo eleitoral no primeiro turno das eleições municipais. Para reforçar o orçamento, foi necessário recorrer a aproximadamente R$ 50 milhões do fundo partidário, totalizando quase R$ 950 milhões em despesas eleitorais.
Costa Neto expressou preocupação com a escassez de recursos para o segundo turno, atribuindo a dificuldade de arrecadação à falta de apoio do governo e à resistência do presidente Bolsonaro em solicitar contribuições de seus seguidores.
Apesar dos desafios, o presidente do PL planeja cobrir as despesas do segundo turno por meio de doações, ressaltando que a captação de recursos tende a ser mais eficaz quando há duas candidaturas em disputa.
O Fundo Eleitoral, aprovado pelo Congresso, alcançou R$ 5 bilhões para as eleições municipais deste ano, sendo que o PL e o PT foram os partidos que mais receberam recursos. A distribuição do financiamento entre os 29 partidos registrados no TSE é proporcional ao desempenho das legendas nas eleições.
Desde 2018, o fundo eleitoral foi criado para financiar as atividades de campanha dos candidatos com recursos públicos, substituindo as doações empresariais. Além disso, os partidos ainda contam com o Fundo Partidário de R$ 1,24 bilhão.
O PL, como mencionado, financia principalmente as campanhas dos filhos de Bolsonaro. Por exemplo, Carlos Bolsonaro recebeu R$ 1,8 milhão da legenda para sua campanha à reeleição como vereador no Rio de Janeiro, enquanto Jair Renan Bolsonaro e Renato Bolsonaro também foram beneficiados com recursos do partido em suas respectivas disputas eleitorais.